O Movimento das ENS

Porquê as Equipas de Nossa Senhora?

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Caminhar com Cristo, pessoalmente e em casal, viver no dia-a-dia o sacramento do matrimônio e dar fruto:é este o objetivo dos membros das Equipes de Nossa Senhora. Dizer ao outro «amo-te» também quer dizer que :
«faremos tudo para que o nosso amor cresça, para que o projeto que vamos tentar seja uma aventura apaixonante.  Vamos construir alguma coisa juntos, sob o olhar e com a ajuda de Deus».

A RAZÃO DE SER DAS EQUIPES DE NOSSA SENHORA

A razão de ser das Equipes de Nossa Senhora é ajudar os casais a descobrir as riquezas do sacramento do Matrimônio e a viver o seu casal na fé.  Pelo seu exemplo, os casais das Equipes de Nossa Senhora querem ser testemunhas do matrimônio cristão na Igreja e no mundo.
As Equipes de Nossa Senhora, movimento de espiritualidade conjugal da Igreja católica, são constituídas por casais que acreditam no ideal do matrimônio cristão e que desejam:
  • Firmar a sua vida de casal e de família no Evangelho.
  • Manter-se fiéis às promessas do seu batismo.
  • Colocar Cristo no centro da sua vida.
  • Procurar conhecer melhor a vontade de Deus a respeito do homem e da mulher para que a possam cumprir.
  • Dar testemunho de Deus através da sua vida.
  • Levar ao mundo a mensagem de Cristo.
  • Dar testemunho dos valores cristãos na sua vida social e profissional.
  • Dar o seu apoio ativo à Igreja, aos bispos e ao clero.
  • Fazer das suas atividades uma colaboração com Deus e um serviço aos outros.
  • Promover o matrimônio e a vida de família na sociedade.
Os casais das Equipes de Nossa Senhora contam com o apoio daqueles que partilham o seu ideal e se comprometem a fazer “equipe”, pois conhecem as dificuldades de viver como cristãos e têm consciência da sua fraqueza e da insuficiência dos seus esforços.
A palavra “equipe” implica a ideia de um objetivo preciso, procurado ativamente em comum.
Para conhecerem melhor Deus e os seus ensinamentos, para aprofundarem os seus conhecimentos religiosos e para “encontrarem” Deus na oração, os casais das Equipes de Nossa Senhora comprometem-se a entreajudar-se, a estudar juntos e a rezar uns pelos outros.
Por que o nome de «Equipes de Nossa Senhora»?
O Movimento se coloca sob a proteção de Nossa Senhora, porque Maria leva a Cristo, que é o centro da vida espiritual dos equipistas.  Para eles, Maria é o exemplo perfeito do «sim» ao apelo de Deus.

O ESPIRITO DAS EQUIPES DE NOSSA SENHORA

«VEM E SEGUE-ME»

Este é o apelo que Cristo dirige a todos os batizados, convidando-os a abrirem-se cada vez mais ao seu amor e a dar testemunho do mesmo.  É o apelo que Cristo dirige também aos casais cristãos.  Os cônjuges são chamados a encontrar Deus no centro do seu amor conjugal. Assim, o amor humano é imagem do amor divino.

O CARISMA DAS EQUIPES DE NOSSA SENHORA

As Equipes de Nossa Senhora, movimento de «espiritualidade conjugal», são consideradas como um dom de Deus a todos os casais que as vivem.

A espiritualidade conjugal

O desejo de conhecer e de fazer a vontade de Deus em todas as circunstâncias normais da vida e a procura da sua presença ajudam a desenvolver e a aprofundar a espiritualidade do casal, a que se dá o nome de «espiritualidade conjugal».  O amor divino encontra a sua expressão no amor humano quando a vida quotidiana é cheia de atenção e solicitude dos esposos de um para com o outro, de suporte e de fidelidade absoluta, de compreensão e de respeito mútuo, de harmonia de coração e de espírito. Quando as tarefas mais simples estão impregnadas de amor, o Senhor está presente no seio do casal; a espiritualidade conjugal torna-se então uma realidade vivida.

A MÍSTICA DAS EQUIPES DE NOSSA SENHORA

Os equipistas reúnem-se em nome de Cristo:
«Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, Eu estarei no meio deles» (Mt 18,20).

Uma equipe é mais do que uma comunidade humana; ela reúne-se em nome de Cristo.  Cristo está presente nas nossas reuniões.  Reunidos em seu nome, o seu espírito alimenta a nossa fé e fá-la crescer.

A entreajuda pessoal e conjugal

«Carregai os fardos uns dos outros» (Gl 6,2).
Os casais de uma equipe entreajudam-se tanto materialmente como espiritualmente.
Procura responder às quatro exigências do amor fraterno:  dar, receber e, o que é mais difícil, pedir e saber recusar.
O matrimônio é uma aliança que evolui desde os primeiros instantes do «SIM» até aos últimos momentos do regresso ao Pai.  Esta caminhada dos esposos no amor pode viver-se ao longo do tempo se a entreajuda conjugal for uma realidade quotidiana.  Assim, cada um, no matrimônio, crescerá, tirando o maior proveito das diferenças e das complementaridades existentes no seu casal.

Fonte: (http://www.equipes-notre-dame.com/pt-pt/as-equipas-de-nossa-senhora/quem-somos/porque-as-equipas-de-nossa-senhora)



Guia das Equipes de Nossa Senhora



2 — OS PONTOS CONCRETOS DE ESFORÇO

Seguir uma direção de crescimento espiritual e humano supõe iniciar um itinerário lógico e usar os meios para seguir fielmente essa direção.
“A experiência mostra que, sem certos pontos de aplicação precisos, as orientações de vida arriscam-se muito a ficar letra morta.” (O que é uma Equipe de Nossa Senhora?)
As Equipes de Nossa Senhora deram o nome de Pontos Concretos de Esforço a esses “pontos de aplicação precisos”. Os Pontos Concretos de Esforço são uma característica essencial do Movimento. Correspondem a atitudes interiores que precisam ser despertadas e assimiladas e que vão conduzir a uma nova maneira de viver. Incentivam a uma disciplina que ajuda os casais das Equipes de Nossa Senhora a pôr o Evangelho em prática na sua vida quotidiana.
O empenhamento nesses seis Pontos Concretos de Esforço vai transformando, pouco a pouco, os esposos, desenvolvendo uma vida espiritual conjugal que os aproximará de Deus, do seu cônjuge e dos outros. Em plena liberdade, “assumimos como obrigação” fazer esforços sobre pontos concretos. A decisão de “viver” os Pontos Concretos de Esforço corresponde a uma adesão do coração e concretiza-se como um esforço da vontade. Através de cada ponto concreto, esse esforço tende a tornar os casais capazes de acolher o Espírito Santo, que age interiormente e os faz crescer. Os Pontos Concretos de Esforço exigem da parte de cada um dos esposos, assim como do casal, um empenhamento às vezes difícil de sustentar. Eles não são impostos e cada um compromete-se voluntariamente a praticá-los. Uma pessoa sozinha seria tentada a abandonar o esforço; é por isso que cada um pede a ajuda e o encorajamento do seu cônjuge e da sua equipe.
Os Pontos Concretos de Esforço são um convite a:
  •  Escutar regularmente “a Palavra de Deus”;
  •  Encontrar-se, todos os dias, com Senhor, numa prece silenciosa: “a meditação”;
  •  Rezar juntos, marido e mulher, todos os dias: “a oração conjugal” e, se possível, em família: “a oração familiar”;
  •  Encontrar cada mês um tempo para um verdadeiro diálogo conjugal: “o dever de se sentar”;
  •  Fixar para si esforços pessoais: “a regra de vida”;
  •  Fazer todos os anos “um retiro”.
a) A Escuta da Palavra: “escutar” regularmente a Palavra de Deus.
“A Palavra de Deus é viva e eficaz.” (Hb 4, 12)
Deus fala aos homens porque os ama. Quer estabelecer com eles, com cada um deles, uma relação de amor, uma relação de pessoa a pessoa. Ele fala para se fazer conhecer por eles, para lhes revelar o seu grande projeto de amor; para lhes comunicar os seus pensamentos, a sua vontade em relação a eles; para lhes propor a sua Aliança.
Deus fala pelas Escrituras, pela Criação, pelas suas intervenções na história humana, pelos profetas e, sobretudo, por seu filho Jesus.  A escuta regular da Palavra permite aos equipistas, não somente conhecer a Deus, mas, acima de tudo, enraizar-se melhor no Evangelho. Essa escuta faz com que cada pessoa do casal entre em contato direto com a pessoa de Cristo. Esse contacto pessoal é o pilar de toda a vida espiritual pois “A ignorância das Escrituras é a ignorância de Cristo.” (João Paulo II).
A Palavra criadora de Deus é sempre uma fonte indispensável de motivação e de energia para o nosso crescimento pessoal, para o nosso crescimento como casal e para a construção de um mundo melhor.
É por isso que as Equipes de Nossa Senhora convidam cada um a ouvir, diariamente, a palavra de Deus, reservando um tempo para ler uma passagem da Bíblia, em particular dos Evangelhos, e refletir sobre essa passagem, em silêncio, para melhor compreender o que Deus diz através das Escrituras.

b) A Meditação: encontrar o Senhor, todos os dias, numa prece silenciosa.
“Sede perseverantes e vigilantes na oração, acompanhada de ações de graças.” (Col 4, 2)
Somos chamados a dar o nosso tempo ao Senhor, para uma conversa pessoal com Ele e a viver a sua presença. A meditação diária desenvolve em nós a capacidade de escuta e de diálogo com Deus. Ela consiste em ter um tempo para estar a sós com Aquele que nos ama. É um tempo de escuta silenciosa, de coração a coração, um tempo de descoberta e de acolhimento do projeto que Deus tem para nós.
Não existem regras rígidas para rezar. Cada pessoa decide o que é apropriado para si (quando, onde e como). O mais importante para desenvolver essa profunda união com Deus parece ser a perseverança e a regularidade.
“Na oração mental as palavras não são discursos mas gravetos que alimentam o fogo do amor. “(Catecismo da Igreja Católica, 2717)

c) A Oração Conjugal: Rezar juntos, marido e mulher, todos os dias.
“Eu neles e tu em mim, para que sejam perfeitos na unidade.” (Jo 17, 23)
Cristo está presente de uma maneira muito especial quando os esposos rezam juntos. Não somente eles renovam o seu “sim” a Deus, mas atingem essa unidade profunda que só se consegue através da união dos corações e dos espíritos no sacramento do Matrimonio. A oração conjugal torna-se a expressão comum de duas orações individuais e deve nascer naturalmente de uma vida partilhada. Se cada um dos esposos tem o seu estilo de oração, é importante que tentem desenvolver uma maneira comum de rezar, para descobrir e viver uma nova dimensão da sua vida conjugal. A sua oração em comum será mais fácil, mais autêntica e profunda quando a escuta da Palavra de Deus e a oração silenciosa forem uma prática regular dos dois esposos.
O Magnificat, a oração de todas as Equipes de Nossa Senhora, pode fazer parte dessa prece quotidiana.
Quando o casal tem filhos, é importante que um tempo seja reservado para a oração em família. O casal é, para os filhos, o primeiro lugar de aprendizagem. Cabe aos pais transmitir-lhes a fé e agir de tal maneira que a sua casa seja um lugar onde eles se sintam bem a rezar. As crianças, que estão num processo de crescimento, podem aspirar a uma relação mais pessoal com Deus, mas mesmo assim alguns continuam disponíveis para partilhar um momento de oração em família, antes da refeição, por exemplo.

d) O Dever de se Sentar: encontrar cada mês um tempo para um verdadeiro diálogo conjugal.
“Sujeitai-vos uns aos outros no temor de Cristo.” (Ef 5, 21)
O dever de se sentar ajuda-nos a revelarmo-nos, pouco a pouco, ao nosso cônjuge. É um tempo que marido e mulher passam juntos, sob o olhar do Senhor, para dialogar com sinceridade, num ambiente tranqüilo. Esse tempo de manifestação dos sentimentos e dos pensamentos entre os esposos permite um melhor conhecimento e uma ajuda mútua. Permite fazer um balanço do passado, analisar a vida conjugal e familiar, fazer planos para o futuro e conversar sobre o ideal que escolheram.
O dever de se sentar evita a rotina da vida conjugal e mantém jovem e vivo o amor e o casamento. O seu valor é apreciado por todos os casais que o praticam, que reconhecem nesse encontro uma oportunidade para se amarem ainda mais. É sempre bom começar o dever de se sentar com um tempo de oração ou de silêncio para tomar consciência da presença de Deus. O silêncio aprofunda o olhar de um sobre o outro, aproxima de Deus e cria uma atmosfera favorável.
e) A Regra de Vida: Propor-se esforços especiais
“Procurai fazer sempre o bem diante de todos os homens ...” (Rom 12, 17)
A regra de vida consiste em fixar o ou os pontos sobre os quais cada membro do casal decide pessoalmente concentrar os seus esforços para seguir melhor a sua direção de crescimento e responder com alegria ao apelo que o amor de Deus lhe dirige. Escolher e assumir uma regra de vida ajuda cada um a aderir mais pessoalmente e de maneira concreta ao projeto que Deus tem para cada cônjuge e para o casal. É uma atitude ou diversas atitudes práticas que se tomam para progredir na direção de um crescimento espiritual e humano. Não se trata de querer multiplicar obrigações, mas é pedido que se reforce, pouco a pouco, com tenacidade, alguns dos pontos fracos ou que se melhore algumas qualidades.
Através da reflexão sobre os aspectos da vida pessoal, conjugal, familiar e da vida de cristão, cada um deve procurar a verdade sobre si mesmo, a fim de encontrar aquilo que se opõe à vontade de Deus. Como se trata de um caminho espiritual, o avanço não é linear e é preciso estar sempre a recomeçar. Esta regra deve ser regularmente revista.

f) O Retiro Anual: fazer todos os anos um retiro.
“Vinde à parte para um lugar despovoado e descansai um pouco”. (Mc 6, 31)
Reservar todos os anos um tempo suficiente para se isolar diante do Senhor, se possível em casal, num retiro que permita uma reflexão sobre a sua vida, na presença de Deus. O retiro é um tempo privilegiado de paragem, de escuta, de oração e uma oportunidade de renovação espiritual. É também um tempo forte para se voltar para dentro de si mesmo e fazer uma revisão geral de vida, sobretudo sobre o seu caminho de crescimento.
É, muitas vezes, uma possibilidade de melhorar o conhecimento do pensamento divino, que é entendido de uma maneira fragmentária ou sumária, nas leituras da Palavra e na vida do dia a dia.  Os casais das Equipes de Nossa Senhora são encorajados a tirar proveito da atmosfera especial dos retiros para se renovarem. São convidados a deixar os locais onde vivem e onde trabalham para que possam escutar Deus e entender o plano que Ele tem para o casal.

3 — UMA VIDA DE EQUIPE
A equipe não é um fim em si mesma, mas um meio ao serviço dos seus membros, que lhes permite:
ü  Viver tempos fortes de oração em comum e de partilha;
ü  Ajudar-se mutuamente de maneira eficaz a caminhar para o Senhor e a ser um testemunho de seu amor.
Na vida de qualquer comunidade cristã, podemos distinguir, esquematicamente, três aspectos:
ü  Com Cristo – a equipe volta-se para o Pai para acolher o seu amor;
ü  Em Cristo - a equipe partilha esse amor: “Eles eram um só coração e uma só alma”;
ü  Impelidas pelo Espírito de Cristo - a equipe envia os seus membros ao mundo para revelar esse amor.
Nenhum casal é obrigado a entrar nas Equipes ou nelas permanecer. Mas pede-se, àqueles que dela fazem parte, a lealdade para com os outros membros e a prática da mística e da pedagogia do Movimento, bem como que  permaneçam ativos e fiéis ao Espírito.

a) A reunião de equipe
A reunião de equipe é o ponto mais alto da vida dessa pequena comunidade. É um momento privilegiado de partilha num ambiente de caridade e de amor fraternal. Um amor verdadeiro de um pelo outro é exigente e não pode ser resultado de uma atitude passiva. Essa partilha, entre todos, supõe um clima de confiança mútua e de discrição da parte de cada um dos membros da equipe. A equipe reúne-se todos os meses na casa de um dos casais. É muito importante que todos os membros da equipe estejam presentes, para favorecer a harmonia e preservar a unidade da equipe.
A reunião compõe-se de cinco partes, devendo ser dado tempo suficiente a cada uma delas:

  • Refeição;
  •  Oração;
  •  Partilha sobre os Pontos Concretos de Esforço;
  •  Pôr em Comum;
  •  Troca de impressões sobre o Tema de Reflexão.

Esta ordem pode mudar, de acordo com a vontade da equipe.

REFEIÇÃO
“... e, partiam o pão, nas casas e tomavam a comida com alegria e simplicidade de coração.” (At 2, 46)
A reunião começa geralmente por uma refeição. É importante que ela seja simples. Cada casal pode levar algo, de forma a que todos participem e possam ajudar os que tiverem pouco tempo ou poucos meios.

PÔR EM COMUM (CO-PARTICIPAÇÃO)
“Antes de tudo mantende entre vós mútua e constante caridade porque a caridade cobre a multidão dos pecados.” (I Pd 4, 8)
É um dos tempos fortes da ajuda mútua. O pôr em comum pode começar durante a refeição. É uma parte da reunião durante a qual os casais falam dos acontecimentos importantes que viveram depois da última reunião. Nessa altura, põe-se em comum as preocupações da vida quotidiana, os compromissos apostólicos, as alegrias, esperanças e preocupações. É da escuta atenciosa de cada pessoa que pode nascer uma amizade autêntica e fraterna entre os membros da equipe. O pôr em comum reflete a vida dos membros da equipe que se reúne.

ORAÇÃO
“propôs-lhes Jesus uma parábola para mostrar que é necessário orar sempre, sem jamais deixar de fazê-lo.” (Lc 18, 1)
“A oração é o diálogo pessoal do indivíduo e da comunidade com Deus.” (Agenda do Papa João Paulo II para o terceiro milênio)
A oração é um elemento essencial na vida de cada equipe. É o centro e o ponto alto da reunião e pode, às vezes, desde que tenha sido pedida uma autorização prévia, tomar a forma de uma celebração eucarística. O tempo de oração começa pela leitura lenta, em voz alta, de um texto das Escrituras, seguida por um tempo de silêncio para acolher interiormente e meditar a palavra do Senhor. Cada um expressa, em seguida, o seu pensamento sobre o texto, em forma de oração partilhada. É Deus que nos fala pela voz dos nossos irmãos. O silêncio, após cada meditação, é também oração. Vivemos então a escuta da Palavra na “ecclesiola” (pequena Igreja), que é a equipe. Cada um apresenta depois as suas intenções de oração, a fim de que todos se possam juntar para dar graças e pedir luz, força, perdão ou intercessão.  O tempo de oração termina por uma oração litúrgica: um Pai Nosso, o Magnificat, um cântico, um salmo, etc.

PARTILHA SOBRE OS PONTOS CONCRETOS DE ESFORÇO
“Amai-vos, pois, uns aos outros, ardentemente e do fundo do coração.” (I Pd 1, 22)
A partilha é um tempo forte de ajuda mútua espiritual. Esta responsabilização de uns pelos outros faz-se promovendo três atitudes:
-   Procura assídua da vontade de Deus;
-   Procura da verdade sobre nós mesmos;
-   Experiência do encontro e da comunhão.
Concretamente, cada pessoa é convidada a partilhar a sua vivência dos Pontos Concretos de Esforço durante o mês que passou. A partilha sobre os Pontos Concretos de Esforço não é um exame de consciência, nem a constatação de um sucesso ou de um fracasso, mas uma releitura dos esforços necessários para se progredir na vida espiritual. Numa equipe, cada um está num estado diferente na sua vida espiritual e evolui no ritmo que lhe é próprio. É importantíssimo que se aceite essa diversidade, para que todos possam falar de si e de sua vida com confiança e liberdade. As experiências, os progressos ou as dificuldades, podem ajudar os outros a seguir o seu caminho próprio na fé. A partilha dos Pontos Concretos de Esforço é feita após o tempo de meditação e oração e dentro da mesma atmosfera.

TROCA DE IMPRESSÕES SOBRE O TEMA DE REFLEXÃO
É essencial, para cada casal cristão, reforçar e aprofundar os seus conhecimentos da fé. É esse o papel do Tema de Reflexão ou de Estudo. Os temas de reflexão pedem uma atividade não só intelectual, mas também espiritual – animada pelo Espírito Santo – no estudo pessoal, na troca de ideias entre o casal, antes da reunião, e na troca de impressões em equipe. O tema provoca na reunião um confronto de reflexões que deve ajudar no aprofundamento da fé e repercutir-se na vida de cada um. A troca de impressões é uma oportunidade para os equipistas desenvolverem e formarem a sua consciência pessoal. A reunião pode terminar com a oração adotada pelo Movimento, o Magnificat, que os casais se comprometem a rezar todos os dias, em comunhão com os membros das Equipes do mundo inteiro.

b) A vida de equipe fora da reunião mensal
A vida de equipe não se limita à reunião mensal. A oração, em união com os outros membros da equipe e pelas intenções que formularam na reunião, o diálogo, a partilha e a ajuda mútua (espiritual e material) prosseguem durante todo o mês, da maneira escolhida por cada equipe. O Casal Responsável deve velar para que isso aconteça. É importante que os casais da equipe beneficiem da amizade profunda que caracteriza uma Equipe de Nossa Senhora e que, fora da reunião mensal, eles se sintam ligados à equipe, como a uma grande família.

c) A reunião de balanço
A última reunião do ano (normalmente antes do tempo de férias) é uma reunião de balanço. Ela proporciona, a todos os componentes da equipe, a oportunidade de refletir e fazer o ponto de situação, abertamente e com espírito cristão, sobre o seu itinerário, os seus progressos ao longo do ano que termina e também preparar o ano seguinte.
Não se pode esquecer que o mais importante é procurar a vontade de Deus para o casal e para a equipe e discernir o seu apelo para viver, mais autenticamente, o amor caridade, que é a alma de toda a comunidade cristã.

d) O compromisso
De tempos em tempos, os equipistas são convidados a renovar o seu compromisso de seguir lealmente o espírito e os métodos do Movimento. Isso pode ser feito numa cerimônia simples, na própria reunião de equipe ou num evento a nível do Setor ou Região.

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