sábado, 25 de fevereiro de 2017

Aniversário de 78 anos da primeira reunião de equipe

Reunião da Equipe 11 - Nossa Senhora do Rosário.

"Tenho um carinho especial por esta equipe, me sinto parte dela também. Por isso rezo sempre pelo crescimento de todos os seus casais na fé e na santidade!"
(Rudimar da Terezinha - foram Casal Experiência Comunitária dá equipe)

IMPRESSÕES DE UM RETIRO

A idéia de um retiro "em silêncio" me atraía muito. Vivendo numa cidade agitada e poluída como São Paulo, achei que um retiro assim seria maravilhoso. Meu marido, entretanto, estava resistente. Só concordou depois de muita insistência do nosso casal responsável. Assim, na 6.a-feira, voltei do trabalho cansada mas feliz com a perspectiva de dois dias diferentes e tranqüilos. Cheguei a pôr uns livros na mala, na ilusão de que teria tempo de sobra para ler. Na realidade, não tínhamos a menor idéia do que seria um retiro em silêncio. 

Assim, meio desconfiados, chegamos ao Cenáculo já em meio à palestra preparatória de Frei Jean. Muito firme e objetivo, apresentou o programa e deixou bem claro: "o silêncio seria pra valer": nada de conversas nos corredores, no pátio, nas refeições nem nos cafezinhos. Seriamos acordados com música suave pela manhã e com fundo musical tomaríamos as refeições. No início não foi fácil, nada fácil mesmo; todos calados, sérios, tão próximos e tão d'stantes. Tantos casais convivendo com a gente, sentados à mesma mesa e se comunicando apenas com os olhos. As palestras eram diretas, simples, claras, profundas e ... curtas. Não iam além de 30 a 40 minutos. Entre uma e outra, espaços para "ouvir" o silêncio, em contato com a natureza tranqüila do lugar, lendo trechos do Evangelho sugeridos por Frei Jean e intercalados de muita meditação e oração. 

A medida que as horas passavam, íamos gostando mais e mais de Frei Jean, tão autêntico e tão simples. Das suas palavras, que nos sacudiam nas bases, com suas pausas "eloqüentes". Das suas colocações preciosas, ricas em verdade sabedoria. Das Irmãs solícitas, amáveis e silenciosas, dos momentos de oração e cânticos na capela. Do verde e dos pássaros envolvendo tudo. E muito especialmente do "silêncio". Do silêncio que nos fez voltar para o nosso interior, cutucar todos os cantinhos, reformular nossa escala de valores. Esse silêncio que nos fez ouvir Deus e ter bons papos com Ele. 

Foram dois dias riquíssimos em espiritualidade e interiorização. Dois dias preciosos, que nos revigoraram o espírito, a mente e o corpo. No encerramento, foi pedido que déssemos nosso parecer sobre um "retiro em total silêncio". E todos sem exceção, inclusive os mais jovens, foram unânimes em afirmar: realmente, foi uma experiência maravilhosa e bastante válida. Como se Deus tivesse tocado em todos nós. De nossa parte, podemos dizer que ainda agora, tantos dias passados, continuamos usufruindo dos seus benefícios. Estamos vivendo com mais paz no nosso dia-a-dia, mais compreensão em nosso relacionamento, com mais espiritualidade em nossas orações, que são agora mais freqüentes. 

Ao Frei Jean, às Irmãs do Cenáculo e a Jesus e Maria que estiveram e continuam conosco, todo o nosso carinho e o nosso maior "muito obrigado". 

Iva e Geraldo 
Equipe 15-A

(Fonte: Carta Mensal das Equipes de Nossa Senhora - ENS-CM-1982-1)

ENS Piabetá - Vivência diária dos Pontos Concretos de Esforço - PCE 25/02/2017

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

AS PEQUENAS COISAS DIFÍCEIS

- Não vou à missa. Não gosto. 

Braços cruzados, cabeça baixa, tranças penduradas, a pequena menina decidira que, com sete anos, já era suficientemente crescida para pensar por si mesma e tomar suas próprias decisões. A rebeldia era ousada, já que as missas aos domingos eram sagradas e, sem elas, nada de troca de gibis na matinée. Mas valia a pena o castigo. Afinal, já bastava a imposição de usar aquelas horrendas botas, que os adultos achavam necessárias e a faziam sentir-se diferente de todas as outras meninas. Mas, para falar a verdade, ela era mesmo um pouco diferente. Tentava achar graça na boneca bonita, pegava-a nas mãos, procurando entender o que aqueles olhos azuis e esbugalhados queriam dizer, mas ela era dura e não tinha reações. Era muito mais viva aquela pitanga madura, lá no alto da pitangueira, que parecia lhe dizer: "Venha me pegar, se for capaz ... " E, entre a boneca e a pitanga, ela jogava a primeira de lado e partia para a aventura. Sem dúvida o carrinho de rolemã, que despencava pela descida louca do corredor e parava bem na beiradinha da escada, trazia mais emoção do que a boneca de olhos azuis esbugalhados. 

Mas, voltando à missa, parecia que um problema surgira, pois os meninos, parados no meio da sala, com roupa de domingo, esperavam o resultado do impasse. A tia, então, calmamente, chamou a menina de lado e disse-lhe algo que ela jamais esqueceria: 

- Olhe, nem sempre devemos apenas fazer o que gostamos. São as pequenas coisas difíceis que realizamos as que têm maior valor perante Deus. 

As pequenas coisas difíceis têm mais valor ...

Naquele exato momento, a missa passou a representar para a garota algo muito especial, e o vencer-se a si mesmo um desafio. Jogou as tranças para trás, ergueu a cabeça e, certa de que iria realizar algo muito difícil, foi para a igreja, orgulhosa, convicta de que a "sua missa" tinha mais valor. 

E assim foi durante muito tempo, até quando a maturidade e o entendimento fizeram com que ela compreendesse a missa e, compreendendo-a, fizesse da participação nela não um sacrifício, mas um privilégio. 

E a pequena menina de tranças, traços de minha infância, volta-me sempre a memória, toda vez que me deparo com uma pequena coisa difícil que não desejo fazer. E, com ela, o eco daquelas sábias palavras: 

- As pequenas coisas difíceis têm mais valor ... 

Se fôssemos analisar nosso comportamento, veríamos que procuramos sempre evitar contrariar-nos. Fugimos de tudo aquilo que nos aborrece, que não desejamos fazer no momento, mesmo sabendo que aquilo poderia construir-nos mais. Aceito meu horário de tal forma que o tempo dedicado a mim mesma seja sagrado. Nenhum compromisso que surja poderá 
alterá-lo. A seqüência para o uso de meu tempo é: trabalho, lazer e o pouco que sobra (se sobra) dedico a Deus, quando o inverso deveria ser feito. Nada, nem ninguém, modificará este esquema, esta ordem: trabalho - lazer - Deus. Afinal, eu trabalho tanto. Mereço uma boa quota de descanso. Entre uma atividade equipista e o ficar em casa, faço o segundo e arranjo mil justificativas para que eu possa me sentir bem comigo mesma. Rezar o terço? Ora, isto não faz o meu gênero, não está de acordo com o meu temperamento alegre e inventivo. Não gosto de oração formal. E esqueço-me de que Nossa Senhora não abandona nunca quem diz (ainda que sem gostar) cinqüenta vezes por dia "Agora e na hora de nossa morte. Amém." Deixar de falar o que me vem na cabeça? Jamais. Abro a boca e digo tudo o que penso, simplesmente porque eu preciso dar vazão aos belos conceitos que tenho, sem auto-censura, sem cuidados com o tom de voz ou dureza de expressão, que certamente irão magoar pessoas que me rodeiam e que me são queridas. Afinal, minhas idéias são formidáveis, são as melhores do mundo. Deixar de comer tanto? Também não. Uma vezinha só que eu abra a geladeira não fará mal nenhum. Afinal, eu mereço. Do mundo não se leva nada. E as gorduras vão se acumulando, colocando mais um na lista dos maridos de mulher gorda. Gorduras físicas. Gorduras espirituais. Ensino meus filhos a comerem de tudo; cenoura faz bem prá vista, verduras têm vitaminas, mas encosto no canto do prato a primeira chicórea refogada que me cai às mãos. 

E assim, de concessão em concessão, eu vou fazendo todas as minhas vontades, vou me mimando, vou me minando, sem perceber, e me torno uma criança. Uma pobre criança mimada. 

As pessoas fortes, as pessoas que marcam, são aquelas que sabem dizer não a si mesmas. Será que os nossos amigos que freqüentam as noites de oração preferem sair pelo frio úmido das noites porque gostam de rezar, de estar numa capela? Muitos, sim, já alcançaram as maravilhas de um crescimento interior. Outros, não, são simplesmente pessoas que buscam encontrar o caminho certo, ainda que seja o mais difícil. Será que João Paulo II, o João de Deus, no final de sua peregrinação pelo Brasil, desejava erguer os braços, sorrir e abençoar durante horas milhares de pessoas que gritavam sem parar? Será que (lembrando Madre Teresa) visitou leprosos apenas para satisfação interior? Será que Cristo deixou-se sacrificar por prazer? Serão todos masoquistas? Não. . . por certo que não. . . Estas pessoas são pessoas fortes, com auto-análise, pessoas de fibra, que não se mimam, não se justificam a si mesmas, que sabem o que querem, exemplos de força interior, auto-superação, cientes de que cada vez que dizem não a si mesmas estão falando sim a Deus. São como a menina de tranças, que aprendeu a valorizar o difícil e, no passado, deu exemplos à adulta que é hoje, às vezes tão mimada por si mesma. 

Maria Luiza 
Equipe 2 de São Carlos

(Fonte: Carta Mensal das Equipes de Nossa Senhora - ENS-CM-1982-1)

ENS Piabetá - Vivência diária dos Pontos Concretos de Esforço - PCE 24/02/2017

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Creio que a oração não é tudo...

Creio que a oração não é tudo, mas que tudo deve começar pela oração: porque a inteligência humana é limitada e a vontade humana por demais fraca; porque o homem que trabalha sem Deus jamais dá o que tem de melhor. 

Creio que Jesus Cristo, dando-nos o "Pai-Nosso", quis ensinar-nos que a oração é amor. 

Creio que se pode rezar calando, sofrendo, trabalhando; mas o silêncio é oração só quando se ama, o sofrimento é oração só quando se ama, o trabalho é oração só quando se ama. 

Creio que nunca saberemos com exatidão se a nossa oração é ou não é oração. Mas há um teste infalível da oração: 

se crescermos no amor, 
se crescermos no horror ao mal, 
se crescermos na fidelidade à vontade de Deus. 

Creio que aprende a rezar só quem aprende a calar diante de Deus. 

Creio que aprende a rezar só quem aprende a resistir ao silêncio de Deus. 

Creio que devemos todos os dias pedir a Nosso Senhor o dom da oração, pois quem aprende a rezar, aprende a viver.

(Fonte: Carta Mensal das Equipes de Nossa Senhora - ENS-CM-1982-1)

ENS Piabetá - Tesouros da Carta Mensal

A ORAÇÃO CONJUGAL

Eis um meio de aperfeiçoamento simples, mas pleno de significação e do mais profundo valor. Realizado em momento tranqüilo, quando o casal mergulha no aconchego da intimidade do lar, quando cada um se desliga das preocupações, se despe das vaidades e, na simplicidade, na autenticidade de seu "eu", encontra-se com o outro, e os dois buscam a Deus. 

Nesse instante, transformam-se de tal maneira que já não são dois, mas um, num só pulsar do coração, numa só vontade, num êxtase do espírito, a reconhecer, a louvar e agradecer ao Pai. Cada casal, na bênção de Cristo, cada lar cristão é um santuário do Senhor. Cada cônjuge é para o outro um mensageiro de Deus. Na oração conjugal cessam os ressentimentos, a paz se torna perfeita. Cristo se faz presente. 

Abrem-se os corações, unem-se as mãos, cada um se doa totalmente ao outro, ambos se elevam e se entregam a Deus. Ao final do dia, após as asperezas da jornada, o casal unido diante de Deus, meditando as Suas maravilhas, vive um momento máximo de sublimidade. 
A caminhada a dois é certamente penosa, mas pressupõe ajuda mútua, e esse é o momento em que os cônjuges lavam os pés um do outro, se purificam e se realimentam para viver a felicidade plena da vida de casal. 

Que Deus nos abençoe e nos inspire para vivermos em plenitude esse instante tão sublime do nosso dia-a-dia. 

Aldo e Maria 
Equipe 21 de Florianópolis

(Fonte: Carta Mensal das Equipes de Nossa Senhora - ENS-CM-1982-1)

ENS Piabetá - Vivência diária dos Pontos Concretos de Esforço - PCE 23/02/2017

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

TEMPO DE AMAR

TEXTO DE MEDITAÇÃO - Madre Teresa, aos jovens da índia

A maior miséria, hoje, não é a lepra, nem a tuberculose, é o sentimento de não ser amado. A maior miséria é a falta de amor, a indiferença terrível em relação ao próximo. Depende de vocês que o olhar se volte de novo para o pobre. Estão prontos a amar?

É preciso que os pobres saibam que nós os amamos. Eles nada têm para dar a não ser o amor. Os homens de hoje têm fome de amor, de serem compreendidos por amor. Estão prontos a partilhar com eles o seu amor? 

Consideramos necessário encontrar a Deus. Mas não podemos encontrá-lO no barulho: Deus é amigo do silêncio. Tenham vontade de orar, sintam durante o dia a necessidade e os benefícios da oração. A oração despoja o coração até torná-lo capaz de possuir o dom do próprio Deus. Quanto mais recebemos na oração silenciosa, tanto mais somos capazes de nos doar em nossa vida ativa. Estão prontos a orar? 

Se vocês puderem amar e partilhar com os outros, serão felizes, e a alegria será permanentemente a sua amiga: a alegria é oração, a alegria é força, a alegria é amor. A alegria é fruto do amor pelo qual vocês podem conquistar as almas. Ofereçam sempre um sorriso feliz às crianças, aos pobres, a todos os que sofrem ou estão isolados. Estão prontos a sorrir? 

Até agora, vocês só pensaram em si próprios ... Ponham um ponto final. Sejam amigáveis e reconhecidos. Não deixem ninguém vir até vocês sem que se vá melhor e mais feliz. Sejam a expressão viva da amizade de Deus para com os homens.

(Fonte: Carta Mensal das Equipes de Nossa Senhora - ENS-CM-1981-9)

ENS Piabetá - Vivência diária dos Pontos Concretos de Esforço - PCE 22/02/2017

CAMINHANDO, CHEGAREMOS LÁ!

Quando meu pai morreu, tive que passar pela dolorosa experiência de desfazer o seu quarto e distribuir os seus pertences. 

Sobraram dois ternos e um par de sapatos novos, de cromo alemão. Os sapatos eram lindos, mas infelizmente não serviram para ninguém a quem eu dera para experimentá-los. 

Passado algum tempo, numa reunião de equipe, o nosso Assistente estava em nossa casa, conversando com nossos filhos quando, olhando para suas sandálias, lembrei-me dos sapatos. Fui apanhá-los e como já o fizera com tantas pessoas dei-lhos para calçar. Ele, rindo alegremente, disse: 

- Mas estão perfeitos! Estão uma luva! Nunca tive um par de sapatos tão lindos e é o seu pai, depois de morto, quem me dá este presente! 

A estória não teria nada de extraordinário se não houvesse um antecedente. Um ano antes, quando meu pai tivera o primeiro enfarte e estava inconsciente no "Pro Cordis", teve um sonho ou uma visão. Viu-se passeando por um lugar muito bonito com uma pessoa muito amiga, da qual ele não podia ver o rosto mas apenas os pés ... e eles estavam descalços. Depois de algum tempo, esse desconhecido sem sapatos disse-lhe: 

- Este é o Céu e juntos nós vamos escolher a sua nova casa. 

- O senhor não está com frio nos pés? 

- Neste lugar ninguém sente frio nem calor! 

Ao voltar a si, meu pai, com uma fisionomia transfigurada: 

- Filha, eu preciso falar com o Frei Marcos - sonhei com ele - ele estava me introduzindo no Paraíso. Faça com que ele venha aqui!

Frei Marcos veio do Rio, confessou meu pai, deu-lhe o Sacramento dos enfermos, riu muito com o sonho e foi-se ... 

Tempos depois, meu pai me perguntava: 

- Será que o Frei Marcos tem sapatos? 

- Eu acho que sim. . . mas como ele mora no Rio e operou o pé, ele só usa sandálias. 

- Você precisa mandar fazer um par de sapatos "especiais" para ele. 

E eu, naturalmente, não atendi ao seu pedido, por "falta de tempo" e de memória ... 

E um ano depois deste sonho, e dois meses após sua morte, os sapatos chegaram. Não precisei comprá-los nem encomendá-los: meu pai já os tinha. Nunca os usara, mas os guardara, sem sabê-lo para uma pessoa especial e uns pés especiais que caminharam com ele pelo Céu! 

Nós também, equipistas, que temos o privilégio de ter o Frei Marcos por nosso assistente, estamos sendo guiados em nossa caminhada por esses pés celestiais! 

Magda F. Saddala

(Fonte: Carta Mensal das Equipes de Nossa Senhora - ENS-CM-1981-9)

ENS Piabetá - Tesouros da Carta Mensal

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

REZE COM SEUS PÉS

Há aproximadamente quinze anos, tomei a resolução de cumprir a obrigação da "oração cotidiana de dez minutos". Durante esses quinze anos, tentei todos os métodos, uns atrás dos outros, e tudo o que consegui foi provar minha incapacidade de seguir qualquer um deles. Passei bastante tempo tentando, seja dito em minha própria defesa, enquanto também andava à procura de novas idéias. 

Esta procura levou-me a ler muito e a ouvir uma enorme quantidade de sermões, mas todos os sermões e todos os conselhos dos livros, infalivelmente, me levavam a um dos dois resultados seguintes: dormir ou distrair-me ... No que me diz respeito, todos os métodos de oração podem ser classificados numa destas duas categorias: aqueles que nos embalam até dormirmos e aqueles que nos deixam abertos a distrações galopantes ... 

Quando me vinha a idéia de consultar os "profissionais", eu hesitava: por que desperdiçar o tempo de um padre, quando o mais provável seria ele aconselhar-me a leitura de mais um livro ou indicar-me uma nova maneira de adormecer de joelhos? 

No entanto, na confissão seguinte, o padre perguntou-me: "Há mais alguma coisa que o perturbe?" Disse-lhe então apenas que tinha tentado fazer dez minutos de oração diária e tudo o que tinha conseguido era gastar nisso o tempo marcado, sem resultado. Surpreendi-me com o que se seguiu: 

-Você mora em North Shields? 
- Moro, Padre. 
-Longe do mar? 
- Mais ou menos uns dois km e meio. 
- Pois bem, experimente andar na direção do mar, sozinho, todos os dias, e reze durante o caminho, louvando e agradecendo ao Senhor, falando-lhe de tudo o que vir, ouvir ou do que se lembrar. Pode fazer isto? 

-Mas não em dez minutos, Padre; precisarei pelo menos de uma hora para ir e voltar ... 

- Pois bem, saia todos os dias, ande, e fale com Deus enquanto caminha. Nunca se sabe, pode ser que uma vez ou outra chegue até o mar. Então, agradeça a Deus pelo oceano. 

Era uma coisa inteiramente nova para mim, e finalmente eficaz! Tem uma porção de vantagens: está ao meu alcance; sei se fiz ou não; é ótimo para a saúde. Fiz até o propósito de rezar de manhã cedo, para evitar sair à meia-noite. Pretendo fazê-lo, mas nem sempre o consigo, o que deve levar meus vizinhos a se perguntarem se eu não me teria tornado um assaltante "meio-período". 

Estou muito agradecido pela ajuda que recebi e espero que outros possam também aproveitá-la. Aliás, se por acaso vocês saírem à noite em North Shields e me virem passar, por favor verifiquem se tenho os olhos abertos. Se tenho, é porque estou rezando; se não, é porque adormeci então acordem-me devagarinho e ponham-se a caminho de casa, ficar-lhes-ei muito reconhecido. 

John 
(Boletim de Setor de Tyneside)

(Fonte: Carta Mensal das Equipes de Nossa Senhora - ENS-CM-1981-9)

ENS Piabetá - Vivência diária dos Pontos Concretos de Esforço - PCE 21/02/2017

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

A PARTILHA, UM OFERTÓRIO

Partilha significa dividir, repartir. Assim, quando o casal reparte com os irmãos a sua vida espiritual vivida durante o intervalo entre uma reunião e outra, o que faz é uma ablação, um ofertório, um oferecimento a Cristo, presta contas a Ele. Os outros casais part:cipam deste ofertório ajudando, buscando causas, removendo obstáculos, para que os objetivos propostos sejam conseguidos. 

Partilha é o momento de se fazer em público o exame de consciência do mês, de se agradecer a Deus o carinho e amor com que ajudou o casal a crescer na vida da graça, participando da amizade de Deus. 

Partilha é o momento de se louvar a Deus, por causa da Sua escolha, não da nossa, em pertencer a uma equipe, sendo que muitos dela não têm o privilégio de participar. "Não fostes vós que me escolhestes, mas eu que vos escolhi, para irdes e produzirdes fruto" (J o 15, 16). 

Partilha não é o momento das choramingas e das desculpas por causa disto ou daquilo, não é o momento mais rápido da reunião com os "sim" ou "não" ditos secamente, amorfos e sem vida, sem alma e sem amor. É o momento para dizer: "Meu Deus, como sois bom e amável, porque, com o auxílio de vossa graça, neste mês, consegui dar mais alguns passos, seguros ou pusilânimes, mas passos verdadeiros no caminho da santidade. Aceitai os meus progressos, falhas e retrocessos como um ofertório que não é só meu, mas de toda a minha equipe. Que eu seja fiel como a Virgem o foi. Amém!" 

Mons. Castanho 
Conselheiro Espiritual do Setor de Sorocaba

(Fonte: Carta Mensal das Equipes de Nossa Senhora - ENS-CM-1981-8)

ENS Piabetá - Vivência diária dos Pontos Concretos de Esforço - PCE 20/02/2017

domingo, 19 de fevereiro de 2017

Madre Teresa de Calcutá - Filhos...

O CENTUPLO - Testemunho de um Conselheiro Espiritual

Depoimentos pessoais

Faz 16 anos que conheço as Equipes de Nossa Senhora e atuo nelas. A primeira notícia que tive das Equipe de Nossa Senhora não me entusiasmou muito. Foi assim. Um paroquiano, que era equipista, falou-me que fazia parte de um movimento de casais, que se reuniam uma vez por mês e lá faziam um jantar, rezavam e trocavam ideias; eu pensei tratar-se de algo parecido com o Rotary. Mas quando, alguns anos depois, um casal que eu muito estimava procurou-me para fundar, em minha paróquia, a segunda equipe em Porto Alegre, dando-me melhores explicações, eu mudei de ideia. 

Ao participar da primeira reunião, eu senti algo diferente; senti que se tratava de um movimento bom, de muita espiritualidade; que valorizava o sacramento do matrimônio; que santificaria o casal e as famílias. Então, nas informações sobre as Equipes de Nossa Senhora, é melhor ter a atitude de Felipe, quando convidou Natanael para participar da equipe de Jesus: "Vem e vê" (Jo 2, 46). 

As ENS são especificamente um movimento de espiritualidade conjugal e familiar. Eu acrescentaria: e também sacerdotal, ao menos em alguns casos. Antes de participar das Equipes, por causa das inúmeras e absorventes atividades paroquia:s, por estar à testa de uma paróquia nova, extensa, populosa e com tudo por fazer, pois nem moradia tinha e a capelinha estava rachada, ameaçando ruir, andei negligenciando e até omitindo alguns dos meus meios de aperfeiçoamento, próprios do meu estado sacerdotal. Ao entrar em contato com as Equipes, eu percebi que deveria retomar e aperfeiçoar essas práticas espirituais, sob pena de ficar para trás espiritualmente em relação aos equipistas. Também na parte humana, devo muito às Equipes de Nossa Senhora, pois me arrancaram do isolamento em que me encontrava. Longe dos meus familiares e parentes, sem família própria, com poucas horas de convívio com os amigos e muito trabalho, eu estava me sentindo quase sozinho. isolado dos superiores, longe dos colegas sacerdotes e às vezes abandonado até pelos paroquianos, sem encontrar alguém com quem me desabafar. 

Eu estava nesta situação quando, por graça de Deus, conheci as Equipes de Nossa Senhora. Nelas me senti dentro de uma família, da minha própria família humana e cristã. Na minha vida sacerdotal, como Jesus, eu havia encontrado ·o meu lar de Betania. Eu, que por amor ao reino de Deus abandonei a minha família e um lar próprio, encontrei nas Equipes o cêntuplo que promete o Evangelho, em pais, mães, irmãos e irmãs. Tenho a certeza de que padres que abandonaram o sacerdócio não o teriam feito, ao menos diversos, se tivessem tido a graça de conhecer e fazer parte das Equipes de Nossa Senhora. Por isso, meus caros equipistas, vocês não sabem o bem imenso que estão fazendo aos seus Conselheiros Espirituais quando cumprem fielmente os meios de aperfeiçoamento, quando procuram progredir espiritualmente, porque assim estarão ajudando também os Conselheiros a crescer. Os tições quando unidos, se abrasam mutuamente e fazem crescer as chamas, e suas brasas brilham fulvamente. Ao passo que, separados, as chamas vão diminuindo e as brasas se transformam em carvões preto·s e frios. 

Quando, com as equipes a que dou assistência, estudei "O Espírito e as grandes linhas do Movimento" e cheguei a conhecer profundamente a mística das ENS, delirei com a fantástica realidade do Cristo comunitário presente na equipe, ou melhor, nos equipistas, e não apenas no tempo das reuniões. Nas Equipes se pode viver a promessa da presença de Cristo, promessa que Ele assim exprimiu: "Onde dois ou três, estiverem reunidos em meu nome, eu estou no meio deles" (Mt 18, 20).  Eu vou, com muita alegria, para as reuniões das minhas 5 equipes, porque creio nessa misteriosa presença de Cristo. Como Maria de Betania, fico aos pés, ao lado de Jesus, a escutar suas palavras no Evangelho, a ouvir sua voz e conselhos, quando Ele fala pela boca de um dos presentes.

Por tudo isto eu não sou apenas um admirador das ENS, eu não sou apenas um incentivador das ENS, eu não sou apenas um entusiasta das ENS, mas chego a ser quase um fanático pelas ENS! 

Aos Conselheiros

E agora umas palavras aos meus caros colegas Conselheiros: 

Quero tranqüilizar vossas consciências porventura inquietas com a possível suposição e tentação de acreditar que, enquanto estais em reunião de equipe, estais "perdendo" tantas horas com meia dúzia de casais, quando há inúmeros outros que precisam, mais do que os equipistas, de vossa presença e ajuda, quando há incalculáveis e inad:áveis outros trabalhos paroquiais! 

Vejamos primeiro o exemplo do nosso divino Mestre: Ele tinha, não uma paróquia, mas o mundo todo para atender, converter e salvar. Era tanto o trabalho, que nem tinha tempo para comer e descansar. Sem abandonar os fiéis que o seguiam, soube "perder" bastante tempo para estar com a sua 
equipe, que não era de 14 ou 16 pessoas, mas de apenas 12, os apóstolos, que passaram a formar a sua família, que eram seu pai, sua mãe, seus irmãos. Eram os que iam continuar e multiplicar a sua obra. 

Para completar e corroborar o exemplo de Cristo, ouçam o que afirmou o Papa Paulo VI na peregrinação das Equipes a Roma, em 22 de setembro de 1976: "Aos sacerdotes capelães das Equipes, "rogo eu, presbítero como eles, testemunha dos sofrimentos de Cristo, e participante da glória que se há-de manifestar": não hesiteis em dar o melhor da vossa competência, das vossas forças e do vosso zelo pastoral a este privilegiado campo apostólico. Nele encontrareis uma parcela da Igreja de que vós 
sois pastores. Não cedais à tentação de crer que o vosso trabalho pastoral se limita a um pequeno grupo de cristãos. A vossa ação multiplicar-se-á mediante a irradiação de tanto·s lares." Noutra ocasião, Paulo VI lembrou que o Conselheiro Espiritual é a alma da equipe. O que a alma é para o corpo, o Conselheiro seja para a equipe. Em anos passados, éramos chamados assistentes. No campo se assiste ao futebol, em casa assistimos aos programas de televisão, mas tal assistente tem apenas direito de torcer, aprovar, desaprovar, concordar ou discordar.

Hoje somos os Conselheiros Espirituais. Somos quem age, atua, aconselha, guia, conduz e orienta. Mas não somos conselheiros sociais, matrimoniais, comerciais, industriais, medicinais, familiares, etc. - somos conselheiros espirituais. A espiritualidade é nossa especialidade e nossa profissão. Devemos ser mestres na difícil arte da santificação dos casais. No entanto, não devemos pensar que sabemos tudo, que temos a fórmula para resolver todos os problemas, que em qualquer momento podemos tirar do bolso do colete a receita para tudo. Quem sabe, um equipista presente à reunião e unido ao Cristo comunitário, um equipista que também recebeu o Espírito Santo, saiba, melhor do que nós, ajudar, orientar e aconselhar outro equipista, que tem dificuldades de relacionamento com a esposa, uma situação econômica difícil ou preocupações com o namoro da filha. Além de orientar a espiritualidade dos equipistas, temos a missão de, como representantes da Igreja, preservar e zelar pela ortodoxia da fé e da moral. Temos que ser os mestres de religião, principalmente agora, na parte do "Crer e Viver" do livrinho "Reunidos em nome de Cristo". Devemos ser os transmissores dos planos, das resoluções e das atividades da Igreja, da diocese e da paróquia. Temos que ser os porta-vozes da Igreja, mestra e mãe, mantendo os equipistas sempre atualizados também no campo eclesiástico. Devemos ser o sal que dá sabor às cousas de Deus e que impede a decomposição. Temos que ser a luz que ilumina os equipistas em meio a este mundo de trevas. Na equipe, temos que ser a mola que, silenciosa mas continuamente, impulsiona os componentes. Temos que ser o trator que empurra e arrasta os participantes que começam a parar. 
Temos que ser o guindaste hercúleo que ergue a equipe que deixou de se elevar. Temos que ser o fogo, a chama que incendeia os tições reunidos. Temos que ser a alma que transmite vida a toda a equipe, que torna a equipe viva, quente, atuante e que a torna sempre mais santa.

Por último, não deixemos de ler, estudar e aprofundar o livrinho que foi especialmente redigido para nós e que tem como título: "O papel do Conselheiro Espiritual nas Equipes de Nossa Senhora". 

Pe. Antonio Lorenzatto

(Fonte: Carta Mensal das Equipes de Nossa Senhora - ENS-CM-1981-8)

ENS Piabetá - Vivência diária dos Pontos Concretos de Esforço - PCE 19/02/2017

sábado, 18 de fevereiro de 2017

O QUE É DIÁLOGO



"Falar do diálogo está se tornando moda. Não seria porque muitos sentem a sua necessidade mas não conseguem ver as suas implicações práticas? 

As vezes chamamos de diálogo qualquer conversa com o outro. Alguém desabafa . . . logo falamos de diálogo. Desabafar é muito bom e pode ser o caminho necessário para um frutuoso diálogo, mas desabafo não é diálogo. Uma vez, recusei conversar com um jovem que veio para "brigar" comigo. Ele falou depois que eu não quis dialogar. Na realidade, não quis brigar com ele ...

Um clima emocional leva à agressão verbal, que provoca uma reação de defesa. Então ficamos na frente de um "duelo" e não de um "diálogo". Querer "abrir o jogo", dizer ao outro certas verdades, abrir-lhe os olhos "para seu bem", pode algumas vezes ser proveitoso, mas agindo assim não estou dialogando. Dar bons conselhos, dar explicações, exortar o outro a modificar tudo isso pode ajudar o outro, mas não é diálogo. 

Comecei a entender o "diálogo" e a sua força para mudar o relacionamento de uma pessoa com outra a partir da meditação da passagem do Evangelho, em que Jesus, aos 12 anos, conversa com os doutores da Lei: "Maria e José encontraram Jesus no templo, sentado, em meu meio aos doutores, ouvindo-os e interrogando-os. E todos os que O ouviam ficavam extasiados com a sua inteligência e as suas respostas" (Lc. 2,46-47). 

Para um diálogo franco e verdadeiro, é preciso, em primeiro lugar, encontrar-se e sentar-se. A posição "de pé" indica uma certa pressa de terminar ou uma vontade de agredir. A pressa ou a agressão são obstáculos ao diálogo.

O diálogo é um encontro entre pessoas dispostas a ouvir uma a outra com atenção e respeito. O diálogo só é possível entre pessoas que se consideram iguais como pessoas humanas. Não há diálogo franco de cima para baixo, ou de baixo para cima. Para escutar o que o outro tem a me dizer, é preciso confiar nele, é absolutamente necessário crer nele. Para ouvir o outro, é preciso amar muito, ter humildade, reconhecer os meus limites. Geralmente, em vez de ouvir o outro, preparamos o que queremos dizer enquanto o outro fala. Não o escutamos de verdade: não o ouvimos! Porque não o ouvimos, somos incapazes de um verdadeiro diálogo. 

Não é fácil dizer as coisas como nós sentimos. Então é difícil para o outro entender bem o nosso ponto de vista. Para um verdadeiro diálogo, é necessário também interrogar o outro para descobrir o que ele nos quer transmitir, sem nunca julgá-lo ou fazer um processo de intenção. É importante respeitar a sensibilidade do outro, não o forçando a se revelar mais do que deseja. 

Enfim, para dialogar, tenho de falar. Se é preciso interrogar o outro para conhecer sua opinião não é menos necessário que eu diga com clareza e sinceridade o que eu penso, ressaltando os pontos de vista comuns e aceitando com realismo e respeito os pontos divergentes. Se temos um desejo sincero de diálogo, vamos respeitar a opinião do outro, mesmo que ela não bata com a nossa e que não cheguemos a um acordo. É preciso contar com o tempo e ser disponível para mudar de ideia, se precisar. 

Não podemos dialogar verdadeiramente se encararmos o outro como "instrumento" ou como "adversário". Num verdadeiro diálogo, não há vencedor nem vencido, mas somente mais compreensão e mais amor. 

Irmão Pedro, r.s.v. 
Conselheiro Espiritual das Equipes 4 e 5 de Marilia"

(Fonte: Carta Mensal das Equipes de Nossa Senhora - ENS-CM-1981-7)

ENS Piabetá - Vivência diária dos Pontos Concretos de Esforço - PCE 18/02/2017

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Foto de André Nóbrega

Hoje no FACEBOOK

A PALAVRA DO SENHOR

 
TEXTO DE MEDITAÇAO- Deut. 30, 10-14 

O Senhor se comprazerá de novo em fazer-te feliz, como se comprazia no tempo dos teus pais; contanto que obedeças à voz do Senhor, teu Deus, observando seus mandamentos e seus preceitos, escritos neste livro da lei, e que voltes para o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração e de toda a tua alma. 

A palavra que hoje te dou não está acima de tuas forças, nem fora do teu alcance. Ela não está nos céus, para que digas: Quem subirá ao céu para no-la buscar e no-la fazer ouvir, para que a observemos? Não está tampouco do outro lado do mar, para que digas: Quem atravessará o mar para no-la buscar e no-la fazer ouvir, para que a observemos? Mas esta palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração e tu a podes cumprir. 

ORAÇAO - Salmo 118,

- Senhor, Vós sois minha esperança desde a juventude. 
É eterna, Senhor, vossa palavra, imutável no céu. 
Vossa fidelidade se estende de geração em geração, 
perdura como a terra que fundastes. 
Por vossos decretos tudo agora existe, 
porque todas as coisas vos servem. 
Não fora vossa lei minhas delícias, já teria perecido na miséria. 
Jamais esquecerei vossos preceitos, porque por eles Vós me dais a vida. 
Sou vosso, salvai-me! 
Eu busco vossos preceitos. 
Espreitam-me os pecadores para  me perder, mas eu compreendo a vossa aliança. 
Vi que há um termo em toda perfeição: vossas ordens, porém, são infinitas! 
Senhor, Vós sois minha esperança desde a juventude.

(Fonte: Carta Mensal das Equipes de Nossa Senhora - ENS-CM-1981-6)

ENS Piabetá - Vivência diária dos Pontos Concretos de Esforço - PCE 17/02/2017

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

UM ENCONTRO DO CASAL EM DEUS

"Deus foi muito generoso ao criar este mundo e colocá-lo gratuitamente à nossa disposição! Infelizmente, porém, não sabemos valorizar todas as belezas que nos rodeiam. Acostumamo-nos a elas, que entram a fazer parte de nossa rotina, e não nos apercebemos de quão ricas são essas belezas. Surpreendemo-nos, quantas vezes, encantados, quando alguém mais sensível nos mostra as maravilhas ao nosso derredor. 

Creio, vale a ilação com o movimento das Equipes de Nossa Senhora. Entramos no movimento, entusiasmamo-nos com sua meta, seu conteúdo, seus métodos, e comumente a rotina nos contagia e não aproveitamos quanto poderíamos e deveríamos de tanta riqueza. 

Quero recordar hoje a oração conjugal, um dos meios valiosos de aperfeiçoamento. Quem a pratica sempre, com convicção e profundidade? O casal não se limita apenas a recitar junto uma Salve Rainha ou o Magnificat, quando o faz, ou a uma prece antes das refeições? Será isso oração conjugal, ou só uma oração feita ao mesmo tempo por duas pessoas? 

A oração conjugal deve ser um encontro do casal em Deus. Isso implica que o casal esteja ligado não apenas material mas também espiritualmente. É importante estar consciente de que uma aliança de sangue, ratificada por Deus no sacramento do matrimônio, une marido e mulher para sempre e deve levá-los a formar um só coração e uma só alma. Além disso, é necessário estar seguro de que Cristo está no meio dos dois.

A partir desses pressupostos, é preciso que cada um, voltado para Deus, deposite nEle suas alegrias, tristezas, derrotas, vitórias, seus anseios, arrependimentos, enfim, a própria vida. Isso, feito em voz alta, deverá chegar ao cônjuge filtrado em Deus. Fica-se convencido então da sinceridade da abertura, pois nosso interlocutor primeiro é o Pai - Deus. É mais fácil assimilar o extravasamento do parceiro e também, em Deus, em voz alta, comprometer-se em condividir tudo, num compromisso existencial. Uma oração feita com esse espírito levará o casal a um conhecimento recíproco e íntimo e a ajuda mútua surgirá naturalmente. 

Algum condicionamento faz-se necessário. Escolher um lugar sereno, tranquilo, onde não sejam importunados. O tempo de duração pode ser prefixado, para não ser feito às pressas. Um preparo psicológico e um relaxamento também ajudam. Tudo deve ser feito num clima de fé; ela dá o sentido criador e santificador da oração. 

Estou convencido de que a oração conjugal assim vivida dará frutos abundantes. 

Pe. José Geraldo do Valle 
Conselheiro Espiritual do Setor de Ribeirão Preto"

(Fonte: Carta Mensal das Equipes de Nossa Senhora - ENS-CM-1981-6)

ENS Piabetá - Vivência diária dos Pontos Concretos de Esforço - 16/02/2017

SEUS CAMINHOS NÃO SÃO OS NOSSOS ...

"Nasci e fui criado dentro de princípios religiosos. Recordo-me que, ainda pequeno, acompanhava minha mãe, católica fervorosa, às missas, às "rezas" e, ainda em minha infância, integrei a Cruzada Eucarística. Jovem e passando a morar em outra cidade, aos poucos fui me afastando da Igreja, da religião e, conseqüentemente, de Cristo. Casado e com esposa muito religiosa, assim mesmo continuava ausente da Igreja e das coisas de Deus. 

O fato é que eu não aceitava, em hipótese alguma, a figura do padre como representante de Deus na terra, pois conhecera um, naquela ocasião, cujo procedimento e testemunho de vida não eram condizentes com sua pregação, com sua missão. Esquecido de que o padre é um ser humano como nós, sujeito também a falhas e fraquezas, não conseguia aceitá-lo como representante da Igreja. Por isso, por causa de um padre, afastei-me da Igreja durante quinze anos. 

À minha esposa, católica praticante, minha rebeldia causava mágoa e tristeza. Mas ela não esmorecia e sei que, em suas orações, pedia para que eu me reconciliasse com a Igreja. E assim foi durante todos aqueles anos. Sempre persistente, e com a ajuda de vários casais amigos, ela finalmente "conseguiu" enviar-me ao Cursilho. O que representaram para mim aqueles três dias, aquele reencontro com Cristo, não encontro palavras para dizer. 

Logo após o "reencontro", passamos a integrar uma equipe de casais em Piracicaba. Todo sábado, nossa equipe fazia a Celebração da Palavra na zona rural. E eu, que por causa de um padre me distanciara de Cristo, fazia, naqueles memoráveis sábados, o papel do padre ...

Residindo em Sorocaba e como membro da Diretoria do Secretariado dos Cursilhos daquela cidade, a primeira Ultreya que coordenei teve como tema principal. . . "O papel do padre na comunidade" Coube a mim fazer a saudação ao padre que fora convidado para receber a homenagem - a mim, que por causa de um padre estivera afastado de Cristo ... 

E eu, que por causa de um padre estive afastado de Cristo, tenho hoje a dádiva, a graça, por bondade de Cristo, de ter um filho fazendo o seminário, em Campinas. Um filho com o firme propósito de se tornar padre, enfrentando as dificuldades que se lhe possam apresentar. Um filho que me pede: "continue orando ... ", "peça orações ... ". 

Por isso, peço a todos os irmãos equipistas orações para que meu filho persevere e venha a alcançar seu grande objetivo, que é o sacerdócio, e venha a ser, como diz São Paulo: " ... escolhido entre os homens e constituído em favor dos homens como mediador nas coisas de Cristo, para oferecer dons e sacrifícios pelos pecados" (Heb. 5, 1). 

Maucyr 
Equipe 2 de Ribeirão Preto"

(Fonte: Carta Mensal das Equipes de Nossa Senhora - ENS-CM-1981-5)

ENS Piabetá - Tesouros da Carta Mensal

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

QUANDO DEUS NOS ESPERA

"Gostaria de chamar sua atenção para algo que, mais do que nunca, considero importante: a oração conjugal. 

É um dos momentos privilegiados em que o casal se abre à ação do Espírito Santo. Com efeito, não se deve imaginar o casal como duas metades de uma esfera que, ao se aproximarem, formam um todo bem .fechado, mas sim como as duas metades de uma taça, que se unem para se oferecer à efusão do Espírito Santo. 

Encontrei no meu arquivo testemunhos de casais das Equipes que desejo lhes comunicar: 

"Quando rezamos juntos, nossas almas não nos parecem mais impenetráveis." E ainda: "Louvamos a Deus juntos e Deus nos deu um magnífico presente: ao formular em voz alta nossa oração interior, comunicamos um ao outro o mais profundo de nossa alma e o mais secreto impulso de nossa vida interior. Pode se avaliar a importância dessa descoberta quando se acredita que o conhecimento profundo de um ser é a primeira condição do amor verdadeiro."

E ouçam isto ainda: 

"Foi ela, a oração conjugal, que forjou nossa alma comum." 

Cuidado, no entanto; podemos nos enganar. Foi o que um casal percebeu: 

"No começo, fiquei decepcionada com nossa oração conjugal. Esperava dela uma maior intimidade com meu marido. Acreditava que seria um meio de me dar a conhecer, de lhe revelar a minha vida interior. Tinha uma idéia errada da oração conjugal. A decepção originou-se no fato de ser a nossa oração para nós, e não para Deus!"

Parece-me que está bem posto o problema. Eis um testemunho particularmente comovente: 

"íamos ficar separados durante várias semanas e, pouco antes da partida, tivemos uma briga. A atmosfera estava pesada, sentíamos que nossos últimos momentos juntos iam ser estragados irremediavelmente pelo orgulho que nos impedia de dar o primeiro passo. Um de nós, então, propôs que nos ajoelhássemos. Então, diante de Deus, foi preciso despojar-nos de nossa vaidade e deixar de querer bancar o mais forte. Na Sua presença, pedimos perdão um ao outro e, ao orarmos ambos em voz alta, tivemos momentos de verdade e de intensidade que não sonháramos jamais poder compartilhar." 

É preciso ir mais longe ainda e sublinhar a ligação entre oração conjugal e sacramento do matrimônio. A oração conjugal é o tempo forte do sacramento do matrimônio. Ouçam as quatro afirmações de quatro casais diferentes: 

"Na oração conjugal, é como se nos casássemos novamente."
"A oração conjugal é um prolongamento do nosso sacramento do matrimônio."
"Uma de suas razões de ser é alimentar em nós a graça do matrimônio."
E finalmente: "É como se, todas as noites, pronunciássemos novamente o sim sacramental." 

Antigamente, eu insistia muito para que esta oração conjugal fosse muito espontânea. Depreendo do que me dizem muitos casais que esta espontaneidade é difícil: "Embora não hesite em rezar em voz alta na reunião da equipe, em casa não consigo." 

Então, hoje, eu lhes digo: Quando esta espontaneidade - tão desejável - lhes for impossível, pelo menos façam juntos, e com grande sinceridade de coração, algumas orações vocais; mas, por nada deste mundo deixem de comparecer a este "encontro sacramental" que é a oração conjugal diária - pois Deus está aí, à sua espera."

(Fonte: Carta Mensal das Equipes de Nossa Senhora - ENS-CM-1981-5)

ENS Piabetá - Vivência diária dos Pontos Concretos de Esforço - 15/02/2017

domingo, 5 de fevereiro de 2017

Piabetá no EACRE 2017




Durante esse final de semana (04 e 05 de fevereiro de 2017) participamos de mais um EACRE da nossa Região Rio II, na Igreja de Santo Antônio do Paquequer, em Teresópolis.

Obrigado, Senhor, por tantas maravilhas!!!

Veja mais fotos em Fotos do EACRE 2017

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

JOVENS CASAIS E DEVER DE SENTAR-SE

(Da Carta francesa) 



- "Não vemos bem a utilidade do dever de sentar-se. Temos por costume dizer-nos imediatamente, espontaneamente, o que pensamos."

-"Assim que nos encontramos, falamos do que cada um fez. Não poderíamos esconder coisa alguma um do outro. Mesmo que doa na hora, é preciso falar. Então nada mais temos a dizer-nos no dever de sentar-se." 

- "O que nos interessa, o que nos preocupa, dizêmo-lo naturalmente, na primeira ocasião, sem esperar. Então o dever de sentar-se parece-nos artificial." 

Quando as Equipes de Nossa Senhora lhes propõem como "ponto concreto de esforço" encontrar-se a cada mês para o tempo de um verdadeiro diálogo conjugal, sob o olhar de Deus (dever de sentar-se), muitos jovens casais dizem: o diálogo faz parte de nossa vida desde que nos conhecemos! É justamente essa comunicação que mais valorizamos! Não é um dever, é uma necessidade! 

As primeiras gerações das Equipes reconheceram no dever de sentar-se um meio eficaz para suscitar a troca de idéias e desenvolver a comunicação. A educação recebida, o costume de calar suas reações mais íntimas, o medo de abrir-se dificultavam muitas vezes a expressão dos sentimentos, a partilha das preocupações e das aspirações, a elucidação dos mal-entendidos. Esse diálogo mensal fez com que muitos descobrissem o valor da palavra partilhada, criadora de comunhão. 

Ora, um outro tipo de educação, uma grande liberdade de expressão em família, o costume de longas discussões entre jovens, a importância dada a afetividade e a comunicação no casamento, tudo isso criou um estilo de casal em que é indispensável poder-se partilhar tudo, dizer-se tudo. A troca não é mais uma paciente vitória sobre o mutismo, está subentendida desde o início!

Não deve portanto causar surpresa que o dever de sentar-se não provoque o entusiasmo nos jovens casais de hoje, que não percebem, de imediato, sua utilidade. 

No entanto, o dever de sentar-se nunca foi um simples processo para facilitar a comunicação entre os esposos. Nem mesmo para fazer-se o balanço sobre "o que vai bem" e "o que não vai bem". Está a serviço do amor conjugal. É um instrumento de ajuda mútua entre marido e mulher para melhor perceberem os apelos do Senhor, para melhor enfrentarem suas responsabilidades. 

Amar-se melhor 

Mesmo que se tenha o costume de "dizer-se tudo", "espontaneamente", será mesmo supérfluo esse diálogo conjugal metódico que é o dever de sentar-se? Não basta falar para dialogar. Quem "fala pelos cotovelos" pode perfeitamente entrincheirar-se em si mesmo. O que partilhamos realmente nessas trocas feitas ao sabor da ocasião? Até onde vai a abertura, a comunhão? Há muitas maneiras de se ficar na superfície dos problemas, de permanecer em posições tacitamente estabelecidas, de deixar as coisas seguirem seu rumo, de escamotear aquilo que poderia levar a um questionamento e a uma necessária conversão. . . Pode-se falar sem nada dizer e pode-se falar precisamente para evitar que o problema seja colocado em plena luz. 

Dialogar diante de Deus implica a vontade de "fazer o jogo da verdade", na lealdade e no respeito mútuo. D:ante de Deus, falar é também, e talvez, primeiro, ouvir. Dizer espontaneamente e logo o que se pensa pode ser um meio de não se dar ao trabalho de ouvir o que o outro tem a dizer. Acaso não comporta o diálogo uma parte de silêncio para permitir que o outro se expresse verdadeiramente? Para permitir que diga até o fim o que tem a dizer - o que talvez esteja tendo muita dificuldade em traduzir em palavras e que pode ser muito profundo, muito importante, embora ainda confuso -o que pode ser doloroso, carregado de inquietação, de dúvida - o que pode ser um surdo apelo por compreensão, por ajuda- ou ainda a tímida expressão de uma esperança, de uma aspiração espiritual, de uma busca de Deus? O diálogo não é feito somente de palavras. É atenção às hesitações, aos silêncios, ao "não dito". . . ao que é o outro, à sua busca, ao seu mistério pessoal ...

Melhor ajudar-se

"Dialogar diante de Deus" é uma forma de oração, é entregar-se à ação do Espírito, é deixar que o Senhor transforme o olhar com que vemos o outro num olhar benevolente, cheio de atenção confiante, de esperança, inspirado na caridade. É buscar juntos o que Deus quer para nós como casal - o que Ele nos chama a ser, o que nos convida a viver. Há o vastíssimo campo dos trabalhos profissionais, das responsabilidades sociais, dos engajamentos na Igreja, das amizades. Obviamente, e felizmente, podemos abordar tudo isso na volta do trabalho, enquanto preparamos a refeição, nos momentos de intimidade - assim como a oração pode brotar das atividades mais familiares. No entanto, como a própria oração, acaso não necessita esse d'álogo de tempos fortes, de momentos privilegiados? Acaso não será preciso ir além do hábito, da espontaneidade, para encontrar-se em plenitude na intimidade do Senhor, acolhido na fé e na oração? 

Yves Le Chapelier 


(fonte: Carta Mensal das Equipes de Nossa Senhora - ENS-CM-1981-4)
ENS Piabetá - Vivência diária dos Pontos Concretos de Esforço - 03/02/2017

A EXEMPLO DE MARIA

TEXTO DE MEDITAÇÃO
João Paulo II ao Congresso Mariano de Saragoça

Maria é a personificação do verdadeiro discípulo de Jesus, cuja identidade ma:s profunda está em servir à Igreja, em transmitir a todos os homens a mensagem da Salvação.

Maria, Mãe da Igreja, está sempre presente, com o exemplo da sua entrega ao plano de Deus e com a sua intercessão maternal, nas tarefas evangelizadoras e na preocupação da Igreja pelas tarefas dos homens. "A característica deste amor materno, que a Mãe de Deus insere no mistério da Redenção e na vida da Igreja, encontra a sua expressão na singular proximidade em relação ao homem e a todas as suas vicissitudes." Nisto consiste o mistério da Mãe. 

Uma Igreja fiel à ação do Espírito Santo, tal como Maria, tem que dar testemunho da união na fé e na caridade, em Cristo Jesus. O Espírito leva os membros do corpo eclesial à comunhão e exige deles, por sua vez, um comportamento coerente com a dignidade da vocação cristã, uma consciência clara de que há uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos. 

Por conseguinte, todos os membros da comunidade cristã, impelidos pelo Espírito de Deus e seguindo a sua vocação eclesial, devem ser, no íntimo da sociedade, realizadores da união dos homens entre si, promotores do diálogo, da reconciliação, da justiça social e da paz. Através da presença dos cristãos e do seu testemunho, a Igreja realiza a sua vocação de "germe fecundíssimo de unidade, esperança e salvação para toda a humanidade".


ORAÇÃO


Ó Virgem Mãe, esperança e aurora da salvação para o mundo inteiro, volve benigna o teu olhar materno para nós todos aqui reunidos para celebrar e proclamar as tuas glórias.

Ó Virgem fiel, que sempre estiveste pronta e solícita para acolher, conservar e meditar a Palavra de Deus, faz que também nós, no meio das dramáticas alternativas da história, saibamos manter sempre intacta a nossa fé cristã, tesouro que nos foi transmitido pelos antepassados.

Ó Virgem poderosa, que esmagas com teu pé a cabeça da serpente tentadora, faz que, dia após dia, cumpramos as nossas promessas batismais, renunciando a Satanás, às suas obras e às suas seduções, e saibamos dar ao mundo alegre testemunho da esperança cristã. 

Ó Virgem clemente, que sempre abriste o teu coração maternal às invocações da humanidade, às vezes dividida pelo desamor e também, infelizmente, pelo ódio e pela guerra, faz que saibamos sempre crescer todos, segundo o ensinamento do teu Filho, na unidade e na paz, para sermos dignos filhos do único Pai celestial. 

Amém. 

João Paulo II

(fonte: Carta Mensal das Equipes de Nossa Senhora ENS-CM-1981-3)

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Retiro Espiritual da Equipe 05 - Nossa Senhora das Dores



Com objetivo de animar a caminhada de fé, promover uma integração maior entre os membros da equipe 5, foi realizado um retiro dia 29/01/17, preparado e orientado por nosso casal responsável Sheila e Rafael e pelo Acompanhante Espiritual Temporário Irmão Cícero.

Foi um dia vivido num clima de amizade e alegrias, com orações e dinâmicas que nos auxiliaram um pouco mais na vivência dos PCEs para fortalecer nossa  Espiritualidade conjugal.

Geoci e Angelo
Casal repórter
Equipe 05 - Nossa Senhora das Dores

Retiro de Carnaval



"As vossas casas sejam sempre casas de oração. Transmitir aos vossos filhos a fé que recebestes dos vossos pais é o vosso primeiro dever e o vosso maior privilégio. A casa deveria ser a primeira escola de religão, como também a primeira escola de oração ... porque a evangelização começa em casa e é em casa que desabrocham e se desenvolvem as vocações."

Este é a terceira e última parte do artigo "ORAÇÃO FAMILIAR E VOCAÇÕES", da Carta Mensal ENS-CM-1981-3 de maio de 1981, para nosso auxílio na vivência diária dos PCE.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Vivência diária dos Pontos Concretos de Esforço - 01/02/2017



"Mediante a oração feita na comunidade familiar, convidamos a Cristo para que esteja no meio de nós: cônjuges, pais e filhos. A oração é o primeiro testemunho da nossa vocação. Damos este testemunho a Cristo, uns diante dos outros. Com este testemunho, tornamo-nos reciprocamente testemunhas. Mediante a oração, construímos a família, que é a igreja doméstica.

Rezamos hoje por aquela unidade das nossas famílias que surge da oração. Rezamos para que as famílias cristãs orem, a fim de que rezem muito. É a primeira condição para cumprirem os deveres que Cristo e a Igreja lhes impõem.

Durante uma das Sessões do Sínodo, Madre Teresa de Calcutá assim disse aos Bispos reunidos: dai-nos santos sacerdotes. Enviai-nos santos sacerdotes como servos de Cristo e administradores dos mistérios de Deus. E de onde devem sair estes sacerdotes, senão das famílias que vivem o espírito de Cristo? Foi portanto indicado o sinal da união entre a vocação familiar e a vocação sacerdotal. Que todas as famílias cristãs no mundo inteiro rezem pelos sacerdotes, rezem pelas vocações sacerdotais e religiosas, se tornem como a "Igreja doméstica", o primeiro seminário das vocações! 


A messe é grande!"

Este é a segunda parte do artigo "ORAÇÃO FAMILIAR E VOCAÇÕES", da Carta Mensal ENS-CM-1981-3 de maio de 1981, para nosso auxílio na vivência diária dos PCE.