sexta-feira, 19 de outubro de 2018

O que foi para mim o retiro das ENS deste ano

Como sempre, eu e Mônica ficamos com uma expectativa muito boa em relação a cada evento promovido pelo nosso movimento. Por isso, sempre nos preparamos, deixando nossos corações abertos às graças que o Senhor derrama sobre nossas vidas; geralmente através das coisas mais simples, e portanto mais belas em sua essência.

Lembro de vários momentos, em retiros diversos, onde um aprendizado serve até hoje para nós. E foi assim, neste retiro, ocorrido nos dia 13 e 14 de outubro  de 2018, em relação a uma experiência que eu gostaria de destacar:

Logo no início, após uma pregação do padre Casimiro sobre a criação do homem e da mulher, nos foi pedido que, individualmente, a partir de um pequeno pedaço de argila, e em clima de oração pela leitura da Palavra, moldassemos o que mais se destaca em nosso cônjuge. Em um primeiro momento me pareceu uma tarefa difícil, pois não sei trabalhar com o material e também ainda não havia conseguido encontrar o que fazer.

O tempo era curto para o trabalho e isso agravava a situação. Parecia que eu não ia conseguir pois tudo o que eu imaginava, via apenas no sentido do reconhecimento de minha esposa como a mulher maravilhosa que ela é, e não sabia como reproduzir isto.

Imaginei também Deus nesta tarefa maravilhosa de nos fazer sua imagem e semelhança, pensando em cada detalhe e se alegrando com sua obra mais perfeita. Então, essa alegria me contagiou e vi que era isso, era o sorriso da Mônica, que eu precisava moldar com aquele pedaço de argila.

Para minha surpresa, foi muito rápido e fácil fazer um sorriso largo e que, com a minha visão de esposo, era perfeitamente o mesmo que vi muitas vezes no rosto da Mônica... E fiquei admirando a minha obra...

Nesta admiração, resolvi ajeitar um pouquinho, pois a Mônica tem um charmezinho no sorriso que senti que estava faltando. E aí tudo desandou... O sorriso se quebrou e eu estava novamente com a argila sem forma em minhas mãos. Tentei fazer novamente o mesmo sorriso, mas não consegui mais, a argila se quebrava a todo instante. E agora!?!?!

Maravilhosamente Deus nos fala de forma misteriosa. De repente foi como se a história de nossas vidas passasse diante de meus olhos desde o dia no qual nos casamos, com os nossos sorrisos sinceros e contagiantes de noivos que tem a certeza do amor, até os momentos nos quais o sorriso se quebrou e tivemos que reconstruir no coração a capacidade de sorrir novamente. Quantos momentos maravilhosos, outros comuns e outros muito tristes também fazem parte dos sorrisos que hoje temos... Quanto ainda podemos fazer pelo sorriso um do outro... Mas não é fácil...

E voltei para aquele pedaço de argila que parecia querer me derrotar. Fiz um sorriso diferente; realmente não poderia mais ser o mesmo, mas há sempre a esperança que possa ser mais bonito...

Bom, diante da minha "habilidade" com a argila, confesso que não foi o que me lembrou o sorriso mais bonito da Mônica. Por um instante fiquei triste e olhei para as minhas mãos. Elas estavam impregnadas com a argila e pude perceber que quanto mais eu trabalhasse para construir um sorriso no rosto de minha esposa (mais belo ou menos belo), mais me contagiaria por ele...

Não significa que tudo muda instantaneamente a partir deste aprendizado. É preciso ainda trabalhar muito pelas habilidades deste atrapalhado artesão. Espero que, como Deus me revelou tudo isto através desta simples experiência, que Ele me conceda a graça e o dom que me falta para contribuir grandemente com a felicidade de minha esposa, e poder ver sempre este sorriso lindo que ela tem.

Não tenho uma foto no retiro que marque este momento pessoal, mas partilho a foto de todos os casais que foram no retiro, e oro a Deus que sejamos todos trabalhadores incansáveis, como vimos também no retiro, em favor do amor, e que o sorriso da Alegria no Senhor se estabeleça em todos os lares.

Afinal, o amor não tira férias!!!

André da Mônica
Equipe 7 - NS da Luz
Setor Piabetá - Região Rio II
Província Leste - Super Região Brasil

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