"Quisemos saber o ponto de vista de alguém entendido no assunto e fomos entrevistar Prudêncio, um velho adepto do Dever de Sentar-se. Ele nos respondeu à sua maneira, ao mesmo tempo com gravidade e bom humor. Julieta, sua esposa, sorria ao escutá-lo: quantos fatos lhe lembravam aquelas declarações.
No Dever de Sentar-se se você não consegue expor seu pensamento ao outro, exprima este pensamento a Deus, diante do outro.
O Dever de Sentar-se é como um carro: este não sai em terceira. Precisa de tempo para ganhar velocidade. Calculem, pois, um bom tempo para tomar embalo.
Nosso mapa rodoviário a dois é o Evangelho. Suas normas devem ser reflexos. Sinal vermelho: perdoar! Sinal verde: sorrir! Se o outro não acompanha: diminuir a marcha. Se o outro para: ter paciência! O Dever de Sentar-se nos permite rever juntos nosso mapa de viagem. Fazer o Dever de Sentar-se é reativar em nós a graça do Sacramento do Matrimônio. É livrá-lo do peso do egoísmo que impede sua energia de irradiar e de nos transformar.
O Dever de Sentar-se é como um apartamento moderno que nos beneficia com iluminação direta e indireta. O Espírito Santo ilumina cada um interiormente, e este reflete sua luz sobre o cônjuge.
O Dever de Sentar-se é como uma viagem de avião. Ganha-se altura, não se fica mais preso às imperfeições do cônjuge não sendo mais possível confundir um ninho de cupim com uma montanha. Especialmente aos casais jovens: Não cessem de procurar este desconhecido que vive no seu cônjuge e que é o próprio Deus nele. Para esta procura, o Dever de Sentar-se é um meio privilegiado.
O Dever de Sentar-se é feito a três: o Senhor e nós dois. Só pode ser realizado sob o seu olhar. Platão já aconselhava: 'É para Deus que se precisa olhar. Ele é o melhor espelho das questões humanas, e é Nele que nós podemos ver e conhecer'. O espelho do casal é Cristo, o rosto humano de Deus.
(extraído do livro 'O Dever de Sentar-se – Diálogo Conjugal' – Edições Paulinas, 12ª ed. 1999)"
Este é, na íntegra, o artigo "OS CONSELHOS DE UM ENTENDIDO", da Carta Mensal 482, de agosto/2014, para a nossa reflexão e auxílio na busca da vivência diária dos PCE.
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