"Após casar-me, repleta de sonhos e feliz, cheguei em Pindamonhangaba em 1961, antes eu morava no Rio de Janeiro. Foi um mundo novo! Sotaque, cultura, linguagem; só o amor da Mãe Santíssima, que não imaginava tão grande, era igual.
Em 1967, recebemos o chamado para as ENS. Tanto eu, quanto Noberto, demos o sim, mas não tínhamos a ideia do quanto seria vital para nós! A primeira reunião foi na nossa casa, aconteceu sem que imaginássemos o que era o Movimento. Mas, na época, nossa vida familiar era muito trabalhosa e complicada, e isso nos levava a buscar caminhos tentando ser felizes, não sabíamos porque, mas as ENS era ele.
Nosso primeiro filho nasceu em 1962, com paralisia cerebral grave era dependente total dos nossos cuidados. Em 1964 Deus nos deu o nosso segundo filho e em 1967 o terceiro completando nossa felicidade!
O tempo nos mostrou porque as ENS: veio a afinidade com os casais e fomos presenteados com a Ajuda Mútua, que minimizou nossos problemas. Mesmo com tantos afazeres domésticos conseguíamos cumprir os meios de aperfeiçoamento (PCE) e colaborar com a unidade da equipe. Isso era uma graça da Mãe!
Lendo e recebendo orientações do Movimento, crescemos como casal equipista, que resvalou para o enriquecimento das nossas orações familiar e Conjugal e para o serviço pastoral. Fomos CRE muitas vezes. Na paróquia implantamos o curso de noivos e preparação para o batismo. Darmos palestras juntos, foi graça e amor de Deus!
Um parêntese: Duas vezes recebemos D. Nancy Moncau em nossa casa! Querem alegria maior? Ela era a simplicidade e a fé. O amor com que nos envolveu, guardamos na memória até hoje. Sua imagem acolhedora, sempre com muitos agradecimentos por tão pouco que fizemos, crescia nossa vontade de tê-la.
Voltando: Final de 1982 nosso filho mais velho voltou ao Pai, Maria se fez presente ao recebermos a visita do nosso antigo e querido SCE, Pe. Luiz Mancilha, hoje arcebispo de Vitoria no ES. Ele disse: hoje é sábado, foi Maria quem veio buscar o filho de vocês! Início de 2001, aos 40 anos de casados, Noberto foi ao encontro do filho e do Pai! Seus exemplos continuam embasando a minha vida e Santo Agostinho me conforta: Eu não estou longe, apenas do outro lado do caminho...
Deixo, para reflexão, uma pérola de Pe. Caffarel: O teu amor sem exigência me diminui, a tua exigência sem amor me revolta, o teu amor exigente me engrandece!
Há 46 anos nas ENS, agradeço e rogo a Deus: Senhor, fazei que o meu afastamento do campo de trabalho seja tão simples e natural como um sereno, luminoso e feliz por do sol!"
Adelaide, do Noberto (in memoriam)
Eq.01- N. S. do Bom Sucesso
Pindamonhangaba-SP
:)
Este é, na íntegra, o artigo "BUSCAR CAMINHOS", da Carta Mensal 481, de jun/jul de 2014 para a nossa reflexão sobre a vivência diária dos PCE.
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