A noite é silenciosa, longa, sem fim. Apresento-me diante de Deus e fico à sua disposição, durante esse período que escolhi. Dou este momento deliberadamente a Deus. E porque a noite é espera, minha oração será "a espera de Deus".
Aqui estou, pobre e disponível, para que Ele possa vir a mim como quiser. Mesmo se meu espírito divaga, se me sinto sonolento e incapaz de rezar, aqui estou materialmente diante do Senhor. Naturalmente, preparei-me. Escolhi alguns textos para me ajudar. Mas na realidade é o Cristo que utiliza esse tempo. A noite, nesta hora, normalmente estaria dormindo. Nenhum acontecimento, pessoa alguma, nem meu trabalho me solicitam. É um tempo vazio e assim tenho menos oportunidade de ser distraído. Além disso, nenhuma desculpa para abreviar a oração sob o pretexto de qualquer coisa urgente a ser feita. O silêncio da noite então se intensifica e se distancia das ocupações diárias. Não encontrarei o silêncio da noite apenas prolongando o dia. É preciso fazer uma ruptura.
A noite é longa. Se me apresento diante de Deus por longo tempo, por muitas horas, o ambiente de oração será também uma oportunidade de repouso. Posso literalmente aguardar Deus no seu próprio tempo.
(Traduzido do Boletim da Comunidade
de Taizé, França, de outubro/82)
(Fonte: Carta Mensal das Equipes de Nossa Senhora - ENS-CM-1984-7)
ENS Piabetá - Vivência diária dos Pontos Concretos de Esforço - PCE 09/04/2017
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