quarta-feira, 19 de abril de 2017

AMOR CONJUGAL E EDUCAÇÃO DOS FILHOS, UMA SÓ REALIDADE

Nossa casa é pequena e o que dela se foi jamais poderá voltar. Não deixemos o amor e tampouco nossos filhos dela fugirem, porque jamais voltarão. Que tipo de casa é a nossa? Há nela lugar para o cônjuge, para que o amor possa se desenvolver? Há nela lugar para os filhos, onde eles aprendem o amor porque o vêem? Nossos filhos não acreditarão no amor se não puderem ver pai e mãe viver o amor. E isso é tudo o que o casal precisa para ser feliz e o que nossos filhos também precisam para "entrar na trilha" do amor e se preparar para vivê-lo! Nossos filhos percebem intuitivamente que preparar-se para viver não é somente fazer o cursinho e vencer na faculdade. Isto também é importante, porém, mais importante ainda para eles é saber se poderão amar e ser amados! 

A construção do amor conjugal 

O amor, tão indispensável para se chegar à felicidade, não é tarefa fácil. Ele não se improvisa ele se constrói, se cultiva, se planifica, por meio de: 

Maturidade - significa dizer "sim" todos os dias, assumir com responsabilidade nossa vida e cumprir nossos deveres com alegria. Amor maduro é o que aceita envelhecer junto ao outro, recusa a marcha-a-ré, porque, na verdade, ninguém consegue apagar o cônjuge de sua vida, e menos ainda os filhos.

Equilíbrio - Amar é mergulhar numa profunda relação com o outro. Daí a necessidade de um sólido equilíbrio psicológico dos cônjuges. De fato, os comportamentos neuróticos, as atitudes psicóticas são incompatíveis com a vida de união que o amor exige. 

Dom de si - O dar de si supõe um esforço inesgotável de compreensão. É ir fundo no outro, penetrando no seu íntimo, no seu mistério. Amar verdadeiramente é levantar o véu que encobre esse mistério! 

Entusiasmo - Quem ama não tem o direito de ficar de cara fechada, de se afundar na amargura, de cultivar suas frustrações. 

Alegria de viver - Nossos filhos precisam da nossa alegria para poderem encontrar esperança em suas vidas. 

Qualidade da vida espiritual - Muitas pessoas querem ser amadas perdidamente e se esquecem de que só o serão se souberem crescer até a altura do ser amado! Recusar a mediocridade, porque o ser medíocre não pode ser amável. O crescimento espiritual, o desenvolvimento moral, o enriquecimento intelectual são exigências para quem decidiu consolidar o seu amor. E é vivendo esse amor verdadeiro que o casal permite aos filhos encontrar o sentido da vida que lhes permite "beber Deus" da unica fonte verdadeira: o amor dos seus pais. 

O amor dos pais, preparação para o amor dos filhos 

Se o amor for bem vivido pelos pais, os filhos, que nos olham com um olhar implacável, altamente crítico, que penetra todos os segredos, até os mais bem guardados, se encaminharão para o amor. Sem este amor, os filhos se abandonarão à própria sorte, se "espatifarão"; virá o desespero, a insegurança, e buscarão um amor que talvez jamais encontrarão. No amor bem vivido pelo casal eles encontrarão a própria felicidade e aprenderão que o amor é possível, é durável, é total. Desse amor nasce a admiração (quanto mais se ama, mais se acha o que admirar), a ternura, a generosidade (quem ama sempre perdoa, seja lá o que for). É através do casal, do amor dos pais, que os filhos aprenderão ou não a caminhar para o amor. Ninguém escapa do seu lar!

Pe. Charbonneau terminou convidando-nos a refletir, a meditar e a sentir cada um desses itens. 

Algumas pistas para repensarmos, num dever de sentar-se, a qualidade da nossa vida conjugal:

- O que é mais importante em nossa vida? 

- Há em nossa casa lugar para o nosso cônjuge, para que se desenvolva o amor? Há lugar para os filhos, para que 
aprendam o amor porque o vêem? 

- Amamos o outro, estamos construindo juntos um amor adulto? Estamos construindo juntos nossa velhice? 

- Conhecemos o mistério do outro? Sabemos prestar atenção, sabemos ouvir? Aceitamos suas limitações, porque penetramos no seu íntimo e o compreendemos? 

- Amamos o outro, estamos construindo juntos um amor maduro? 

- São as Equipes, e nós equipistas, testemunhas do amor, num mundo de desamor? 

Pe. Paul-Eugêne Charbonneau 
Trechos de uma palestra feita a pedido do Setor "E" de São Paulo.

(Resumo feito por Maria de Lourdes 
e Sérgio, Equipe 1/E, São Paulo)

(Fonte: Carta Mensal das Equipes de Nossa Senhora - ENS-CM-1984-9) 

ENS Piabetá - Vivência diária dos Pontos Concretos de Esforço - PCE 18/04/2017

A foto que ilustra esta publicação foi cedida por Grazi e Gabriel, da Equipe 10 - Nossa Senhora da Alegria, que fazem parte do colegiado do setor de Piabetá, como Casal Liturgia e Casal Ligação das equipes 7 e 9. Agradecemos a gentileza e pedimos a Deus que abençoe sempre seu matrimônio e sua família!

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