quarta-feira, 22 de março de 2017

COMO AS GAIVOTAS

Desde que descobrimos o valor da oração, tem sido a nossa força no passar por esta vida. No princípio, cada noite, depois de um dia trabalhoso e pesado, era o pequeno oásis em que ganhávamos forças para o dia seguinte. 

Quando a doença ou os dissabores familiares nos atingiram, era um dar sentido ao sofrimento, um ver, como diz São Paulo, que outros irmãos passaram pelas mesmas tribulações que nós. 

E éramos fortes na nossa fraqueza, nesse Magnificat de Maria que encerra uma visão tão dinâmica da vida. Agora, mais do que nunca, encontramos valor e vida na oração. Não uma oração estereotipada, rotineira, por obrigação, mas uma oração que vem do sentir mais profundo dos nossos seres, abertos a Deus, à criação, à Igreja. Escutando essa Palavra que cada dia se revela mais como o caminho a seguir. 

Como as gaivotas, voamos para o alto, baixamos para a vida e descansamos sobre a areia e ela fica marcada com os nossos passos. Assim é a nossa oração: cada dia deixa moldar-se pela Palavra, pelo próprio Deus, que vive na profundidade do nosso ser e em tudo quanto nos rodeia. 

E, quando surge o desalento, regressamos a ela, não como numa evasão, mas como a uma força vital que nos faz sentir mais livres, mais pessoas, mais filhos de Deus, mais Igreja. 

Tomas e Amparo 
(Da Carta portuguesa)


(Fonte: Carta Mensal das Equipes de Nossa Senhora - ENS-CM-1983-3) 

ENS Piabetá - Vivência diária dos Pontos Concretos de Esforço - PCE 22/03/2017

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